Observe o mapa: montanhas por toda a região, uma cadeia de montes
arborizados, às vezes, entre os bosques, o olho azul de um lago de altitude, as
serpentinas de rios de curso breve e rapinoso. As cidades e vilarejos – muito
antigos, com nomes lucanos, gregos, latinos – estão enroscados como acrópoles
sobre as colinas vestidas de oliveiras, olhando sobre grandiosas paisagens
verdes e castanhas. À oeste e a leste, dois trechos de costa marinha: um
rochoso e prateado sobre o Tirreno, separando a Campânia da Calábria, e outro
arenoso e dourado sobre o Jônio, entre a Calábria e a Apúlia.
Até onde é possível crescem o trigo, as videiras, as hortas (e
crescem primorosamente, com uma integridade dos sabores quase mitológica); e onde
não se pode cultivar, pastam cabras e porcos, colhem verduras espontâneas de
gosto forte, frutos silvestres, cogumelos delicados; caçam javalis e lebre,
pescam trutas e enguias.
Como a paisagem é também a culinária, as mesmas características
sóbrias e vigorosas de antiga civilização mediterrânea de pastores. Farinha de “grano
duro”, azeite de oliva, vinho encorpado, verduras e legumes, queijos, carnes
ovinas e suínas, muito alho, pimenta e azeitonas por todos os lados. Uma certa
influência pugliese de um lado, e calabresa de outro, mas muitas vezes acolhida
com uma nota acentuada de rusticidade.
Grande uso de vegetais, especialmente em sopas: o denso minestrone
de verdura e legumes, o purê de favas com beterrabas, o trigo fervido com molho
de cordeiro, as minestras de grão-de-bico, de feijão, de lentilhas, o creme de
cogumelos; os pimentões com amêndoas. Muita massa, em parte, do tipo pugliese, mas
preparada frequentemente com ragu de cordeiro ou de porco e ricota salgada do
que com verduras: fusilli, strascinati,
recchietelle, Ferretti, lagane, cavatieddi, e – sortudo quem encontrar -,
longuíssimos manate, uma tigela
inteira cheia de um único e interminável espaguete feito à mão.
Entre as especialidades de carne, a pignatta de cordeiro e hortaliças assadas no forno, o marro de vísceras ovinas, o cordeiro
ensopado, os cuttiriddi, no espeto
com cogumelos; a lebre com azeitonas, os deliciosos embutidos, em especial, a lucànica (de Lucania) e as outras
lingüiças frescas ou curadas, delicadas ou apimentadas, as soppressate, os presuntos defumados, as carnes de javali.
Além dos
clássicos queijos do Sul (provoloni,
caciocavalli, scamorze, pecorini, ricotte doces e salgadas) as mantechine, os cremosos butirri, os deliciosos casiddi caprinos. Muito originais os
doces das tradições locais: os panzerotti
com creme de grão-de-bico, a cuccia
com nozes e sementes de romã, a cicirata
de massa e mel, as pèttole de
ricotas.
Boas frutas, dos cítricos aos figos, às nozes, às castanhas.
Ótimos vinhos tintos: Agliànico,
Irsina; brancos, Asprino e para
sobremesa, Malvasia, Moscato, Agliànico
espumante. Licores digestivos, o amaro
lucano e o nocino.
Patate e Sedano
Ingredientes
02 colheres (sopa) de azeite de oliva
02 dentes de alho picados
03 colheres (sopa) de salsa fresca picada
500 gramas de tomate sem pele e sem sementes
01 pimenta vermelha
1kg de aipo picado
1kg de batatas descascadas em cubinhos
Fatias de pão
Sal
Refogue o alho no azeite, acrescente o aipo e os tomates. Coloque um pouco de água e deixe cozinhar por 15 minutos. Coloque as batatas, a pimenta picada, cubra com água e cozinhe até a batata ficar macia e o molho encorpado. Toste fatias de pão duro com um pouquinho de azeite, coloque em um prato, cubra com o molho e sirva quente.
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Que delícia Carla, além de saborosa também é nutritiva. O aspecto está maravilhoso!
ResponderExcluirBjs