Gelato di albicocche - Artusi N. 758 [Sorvete de damascos]

Sorvete é uma das comidas de que mais gosto, não canso de admitir. E, justamente por gostar muito, acabo sendo um tanto chata no assunto. Não sou uma consumidora de sorvetes daqueles bem comerciais, pois acho que com o passar dos anos eles tem se tornado muito ruins. Sempre que como algum desses acho que o resíduo de gordura que fica na boca não é legal e o sabor sempre deixa a desejar. Não sei, não gosto, parece que nem refresca. A minha única exceção é ao sorvete de uma marca bem popular aqui da minha região que tem o sabor "abacaxi francês": um sorvete de creme com pedaços de abacaxi banhados em suco de uva. É uma delícia e, sinceramente, não sei de onde saiu  essa mistura, mas sei que outras marcas também vendem o sabor. Seria um clássico vintage? Nem imagino.

O fato é que estava há tempos querendo uma sorveteira. E quando digo tempos, digo anos! Fiquei namorando quase uma década a sorveteira da Cuisinart, mas acabei decidindo pela KitchenAid.

E o que eu achei da aquisição?

Como todos os produtos da KitchenAid ela é caréssima e, assim como a batedeira, comprei em uma superpromoção de Black Friday. A batedeira foi em 2016 e a sorveteira ano passado.

Eu ainda estava super na dúvida entre qual escolher, mas quando vi o preço final acabei tomando a decisão. O meu critério de escolha foi que ela é um acessório da batedeira e não um equipamento novo. Assim não teria mais um eletrodoméstico ocupando o espaço que não tenho na cozinha. Aliás, para quem tem pouco espaço no congelador ela é um problema, pois é grande e deve ficar, pelo menos, 15 horas consecutivas congelando. Então, fazer sorvete tem que ser algo programado entre você e o seu congelador.

O encaixe para acoplar a espátula à batedeira não é a coisa mais legal do mundo. É uma peça plástica, difícil de pegar a manha de uso e que, mesmo encaixada corretamente como indicado no manual, fica parecendo que alguma coisa não está certa.

A cuba congela muito bem e, dependendo da receita, em 20 minutos já se tem a textura muito próxima a do sorvete. Já as receitas com menos ou nada de gordura costumam demorar um pouco mais. 

A capacidade dela é pequena, então, para grande consumo ela não supre muito, não. Ainda mais que com o calor não é possível bater duas massas seguidas. Talvez no inverno dê, mas no calor ela não dá conta. 

Tirando essas ressalvas, é um bom produto. Superestimado, mas um bom produto.

Já com este sorvete que vem lá do Artusi a minha ressalva é a quantidade de açúcar. Aliás, todas as receitas de sorvetes que fiz do livro são sensacionais mas, em quase todas, reduzo o açúcar. 

Essa receita eu adaptei um pouco, pois não tinha o peso total de damascos frescos e acabei completando com damascos secos e ficou muito bom! Eu adoro sorvetes estilo sorbetti, esses de frutas, leves, refrescantes, saborosos. A gente come sem culpa, repete, se lambuza e pede mais. Amo.

Gelato di albicocche - Sorvete de damascos - Artusi N. 758

Ingredientes

300 gramas de damascos maduros - Usei 215gr. de frescos e 85 de secos

200 gramas de açúcar - Usei 150gr.

500ml de água

01 limão - suco

Em uma panela coloque a água, o açúcar (no meu caso também os damascos secos picados) e leve para ferver por aproximadamente 10 minutos. Deixe esfriar.

Lave os damascos frescos e retire os caroços. No liquidificador, coloque a calda de açúcar, o suco de limão e os damascos. Bata até virar um purê bem liso. Leve para a sorveteira até a consistência de um creme gelado. Coloque em um recipiente com tampa e leve ao congelador por 2h.

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