E os tons dos sabores
Nas últimas duas semanas falamos
do Americano e do Negroni, a Carla já havia contato sobre
o Spritz aqui no Blog, então para
fechar o quarteto mágico dos coquetéis italianos faltava o mais jovem de todos:
o Bellini. E não poderia ser em momento melhor, já que estamos vivendo esse
verão escaldante, que por sorte é tempo de pêssegos maduros e perfumados.
Foi nesta época do ano em 1945 no
Harry´s Bar de Veneza que Giuseppe Cipriani criou um drinque com purê de pêssegos
brancos frescos e Prosseco gelado, fazendo algo que os italianos sabem bem:
aproveitar os produtos da estação. O nome veio três anos depois inspirado nos
tons amarelo e laranja claro das obras de Giovanni Bellini, pintor veneziano
que utilizava em suas obras pigmentos que lembram a cor da bebida.
Cipriani, nascido em Verona em
1900, foi garçom e barman até abrir seu mundialmente conhecido Harry´s Bar em
Veneza em maio de 1931, o local sempre foi destino certo de celebridades e
permanece na família até os dias de hoje. Além de criar o Bellini e outros
tantos drinques é pai do Carpaccio, prato feito de finas lâminas muito bem
temperadas de carne crua, que ganhou este nome devido aos tons de vermelho
intenso utilizado nas obras do pintor Vittore Carpaccio.
Ingredientes:
Pêssegos brancos maduros
Água
Prosseco bem gelado
Para fazer o purê utilizei dois
pêssegos brancos (foi o suficiente para duas taças). Retire os caroços, corte
os pêssegos em quatro pedaços, pode deixar a casca se quiser, bata com um mixer
ou liquidificador (Cripriani utilizava um ralador de queijo) e misture com o
equivalente a um quarto do volume em água, coe para retirar os pedaços maiores.
Não utilizei açúcar, mas se as frutas estiverem muito sem graça, acrescente o
quanto preferir. Sirva o purê em uma taça tipo flúte, até um terço do seu
volume, depois complete com o prosseco.
Dica 1: Fugindo um pouco da
receita original, você pode apurar o sabor com um toque de licor de pêssego ou
de framboesa.
Dica 2: Para facilitar um pouco você pode abrir
mão do purê e utilizar um bom suco de pêssegos e substituir o prosseco pelo
espumante que já está no refrigerador.Se você gostou do post comente e compartilhe com seus amigos. Me siga nas redes sociais para acompanhar minhas peripécias na cozinha e na vida e se inscreva no blog para receber todas as atualizações.
Fiquei na vontade de beber esse maravilhoso "Bellini". Vou atrás dos meus pêssegos e prosseco.
ResponderExcluirObrigado Zé por mais essa receita maravilhosa de drink.
Tive o privilégio de ser « chef particular » de Giuseppe Cipriani. Posso afirmar que uma das melhores recordações que tenho da familia, são os momentos passados na cozinha com Arrigo Cipriano. Ele me ensinava a preparar os pratos de autoria do Copriani’s Bar, e ao mesmo tempo contava as estórias relacionadas aos pratos, ao Bar e à família. Ele tinha o prazer nos preparar um Bellini, e por ai afora navegámos pelo mundo, imaginando a presença de personagens como Carpaccio, Hernesty Hemingway e etc.. Parabéns pelo texto!
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