Amargo e doce e amargo
Em 2016, entre as coisas que a Carla me trouxe da Itália, havia uma pequena garrafa com um líquido âmbar, carbonatado, de perfume enigmaticamente cítrico, de sabor levemente doce, mas também levemente amargo, que eu nunca havia provado: o chinotto.
No mês passado, durante nossas andanças pela Itália, fiz questão de experimentar todas as marcas que encontrava desse refrigerante que é feito com diversas especiarias e com os frutos de chinotto (Citrus Myrtifolia) uma prima da laranja, cultivada na Ligúria e na Sicília, provavelmente resultado de mutações naturais ocorridas quando sementes trazidas da Ásia, na época das grandes navegações, encontraram a vegetação europeia.
No mês passado, durante nossas andanças pela Itália, fiz questão de experimentar todas as marcas que encontrava desse refrigerante que é feito com diversas especiarias e com os frutos de chinotto (Citrus Myrtifolia) uma prima da laranja, cultivada na Ligúria e na Sicília, provavelmente resultado de mutações naturais ocorridas quando sementes trazidas da Ásia, na época das grandes navegações, encontraram a vegetação europeia.
Bastante amarga e ácida ao ser consumida ao natural, a fruta tem propriedades digestivas, muita vitamina C e ajuda até com a insônia. Seus preparos mais tradicionais, além da bibita, são os doces em compotas, os xaropes e os cristalizados (muitas vezes conservados no maraschino), as folhas também são utilizadas em infusões. Você encontra ainda sabonetes e perfumes de chinotto.
Por ser muito refrescante, a gasosa é consumida pura e pode substituir muito bem refrigerantes de cola em receitas tradicionais de drinques como no Cuba Libre, no Samba (se bebia muito isso nos anos 80 e 90) e no Long Island Iced Tea. Mas também existem coquetéis criados especialmente para explorar as melhores características dessa bebida, como o Chinotto Sotto, desenvolvido por Dan Amatuzzi, diretor de bebidas do Eataly de Nova Iorque. E é esse que vou apresentar para vocês aqui.
Ingredientes
45 ml de refrigerante de chinotto
30 ml de gin
Suco de meio limão
2 folhas de manjericão, em fatias
Espumante (a receita pede um Asti, mais doce, mas vou fazer com um prosecco, porque é o que eu tenho)
Em um copo tipo Collins (alto e arredondado de aproximadamente 350 ml), com bastante gelo, acrescente o manjericão, verta suavemente o chinotto, o gin, o suco de limão e complete com a espumante. Antes de beber misture com carinho, para não perder a perlage. Se preferir pode deixar as folhas de manjericão inteiras (fica mais bonito), mas antes coloque-as sobre a palma de uma das mãos e com a outra dê um tapa seco, para liberar os aromas da planta.
Na Itália você encontra o chinotto de diversas marcas, em qualquer bar da esquina ou nos supermercados, por aqui sei que tem no Eataly, em algumas prateleiras de importados e também tem um fabricante de refrigerantes com o registro da marca no Brasil, produzindo no Sudeste, até tentei contato, mas até agora não recebi retorno. Se você achar por aí prove e me conte!
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