Na Itália comer é um
pouco como viajar. Da viagem, que é movimento e, portanto uma contínua troca de
paisagens, de formas e cores, de vozes e sensações, a mesa italiana tem,
sobretudo, a variedade. Uma constante diversidade que se revela região por
região, quilômetro após quilômetro. Basta uma pequena colina entre duas
cidadezinhas, a bifurcação de uma estrada, e eis que se transformam a paisagem
e suas cores, mudam os pratos típicos, os seus sabores, os vinhos que os
acompanham, os doces que encerram a refeição e os Santi[1]
aos quais, geralmente, estes doces são dedicados.
Foram contabilizados
182 modos de preparar a pizza, 245 tipos de massas secas, 3811 vinhos, dos
quais 200 DOC. Certamente são nuances na maior parte das vezes, mas nuances
importantes e que fazem a diferença: individualmente, isto é, degustadas aqui e
ali, proporcionam uma agradável
surpresa; em conjunto constituem um imenso “panorama do sabor”, talvez o mais
diversificado e criativo do mundo, cheio de tradições, de memórias e de lendas,
em cujas origens há as mesmas condições geográficas, climáticas, históricas, e
até mesmo espirituais das vinte regiões italianas, dos centros de cada região.
Um formidável patrimônio cultural alegremente à disposição, todos os dias. A
mesa, não apenas como momento de satisfação dos sentidos, mas também como
contato direto com as realidades exclusivas, como participação pessoal nas
culturas locais bem definidas. Cada uma das quais expressou no tempo um dialeto
próprio, um grau próprio de emoção e de criatividade, uma arte própria, uma
forma própria de desenvolvimento: em uma palavra, uma civilização própria.
“Culinárias regionais” se diz na Itália, e ainda com maior precisão ainda,
“culinárias locais”.
Vista da cidade de Assis - Úmbria |
Dito isso, parece
inútil advertir que este livreto não pretende se apresentar como um compêndio
da gastronomia italiana. Nenhuma receita, nenhuma descrição de iguarias, nem
mesmo uma lista dos pratos típicos, dos queijos, dos doces, dos vinhos e dos
licores, tudo muito numeroso e com nomes dialetais intraduzíveis. Serão breves
acenos às principais produções alimentares locais e, portanto, aos pratos
tradicionais ou mais difundidos, aos sabores dominantes, sobretudo a natural
relação entre as várias “características ambientais” e os respectivos modos de
comer. Assim, este livro tem somente a finalidade de auxiliar o viajante a se
orientar, região por região, na escolha dos pratos, a conhecer uma ampla
variedade, um maior frescor dos alimentos, a tradição mais consagrada, ou seja,
que é como dizer a maior qualidade. Um pequeno guia para os viajantes que se
preparam à extraordinária viagem através dos saborosos itinerários das
culinárias regionais italianas, com os nossos mais verdadeiros votos de “buon appetito” e “alla salute”.
Vitrine de uma trattoria em Florença - Toscana |
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Clique aqui para acessar todas as receitas italianas do Cucina Artusiana
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Acredito que a foto acima que diz 'trattoria Toscana' seja feita na Sardenha...
ResponderExcluirNão. Foi feita em Florença mesmo. Não estive, infelizmente, na Sardegna.
ExcluirObrigada por tanta informação.
ResponderExcluirOi Carla , Amei suas receitas, sou apaixonada pela culinária italiana, estou pensando até em fazer um curso de panificação...
ResponderExcluirContinue nos ensinando essas receitas maravilhosas>>>>Abraço!!!